Templários

A Ordem do Templo de uma perspectiva histórica.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Outremer ou Ultramar

O território ocupado pelos cristãos na Síria-Palestina era frequentemente,apelidado de Outremer(Ultramar)porque ficava em relação ao Ocidente para lá do mar Mediterrâneo.

O Outremer era uma faixa da zona litoral desde a região da Arménia até aos confins do califado fatimida do Egipto a sul da cidade de Gaza,estando dividido em 4 grandes estados:Jerusalém como reino que comportava a faixa costeira de Gaza até Beirute;depois o Condado de Tripoli que ia desde Beirute até Margat; o principado de Antioquia que se estendia desde Margat até Alexandreta; e por fim temos o estado do interior Edessa que se estendia desde o nordeste de Alexandreta até á região próxima da moderna Urfa.

Estes estados eram em si regidos por um governo senhorial do tipo europeu donde os seus chefes eram originários, este processo em si cria contendas dinásticas que aliada á escassez da força motriz de um exercito ocidental-a cavalaria, irá atingir a população cristã que continuamente vive com medo de uma desforra islâmica.

Em termos de linguagem usada no Outremer temos como a mais difundida o francês, no entanto devido ás trocas comerciais necessárias á sobrevivência dos estados e da população árabe estar também presente também temos o árabe e o veneziano como línguas secundarias mas presentes.

A Ordem que nascera com o objectivo especifico de proteger os peregrinos, defender Jerusalém e a Terra Santa tinha uma rede de castelos, fortalezas e instalações militares que abarcavam todos os estados, incidindo principalmente sobre a rede viária destes.

Como a Ordem também era constituída por pessoas provenientes de diversos reinos da cristandade(exemplo português de Gualdim Pais que combateu no Outremer pela Ordem do Templo e regressou a Portugal) que eram portadoras de uma mentalidade diversa e que teria de algum modo de ser uniformizada para evitar conflitos quer internos quer externos, por isso nos estatutos da Ordem em relação á eleição do Grão-Mestre aconselhavam que se escolhesse alguém com experiência e apta a falar pelo menos todas as línguas dos principais reinos cristãos.