Templários

A Ordem do Templo de uma perspectiva histórica.

terça-feira, outubro 24, 2006

A Questão Moral-Parte2

Esta era uma situação de extrema delicadeza para a Igreja, o uso das armas fora condenado por diversos Santos como o caso de São Pedro Damião que expressara um claro juízo de condenação contra o exercício da guerra considerando-o incompatível com a perfeição espiritual esta só obtida através da contemplação; note se q apesar do entusiasmo da 1ªCruzada e libertação do Santo Sepulcro este ideal de contemplação era largamente aceite e considerado o correcto pela população europeia esta visão começará a mudar a pouco e pouco no que toca a Ordens religiosas de cariz militar pela acção do próprio Hugues de Payns e de alguém que dará um cunho pessoal á Ordem, Bernardo de Claraval.

O balanço que tanto é necessário para fundir as bases da Ordem será São Bernardo do Claraval um cisterciense, Hugues de Payns tentará sem êxito por diversas vezes pedir ao Santo que o ajude a redigir uma regra para a Ordem, também mas alvo de alguma contestação por parte de alguns historiadores por falta de provas, diz se que Hugues viria munido de uma carta de Balduíno II para São Bernardo para este fazer a regra, no entanto São Bernardo levou o seu tempo, a tarefa que lhe pediam era tudo menos fácil pois teria de ir contra um ideal vigente na Europa que continuava em força-o da contemplação, agradar ao rei que pedia uma Ordem com uma capacidade bélica capaz, a um papa que não iria querer que uma Ordem religiosa fosse comparada a um corpo militar regular e ás suas próprias convicções que o caracterizavam a Ordem teria um molde de ascese e obediência. A sua solução foi o de juntar duas visões distintas: a sua de obediência e de ascese e a de Hugues de Payns que viveu o sofrimento dos peregrinos e a nostalgia da Jerusalém invencível e juntar os que tinham um sentimento religioso mais acentuado que outros doutrinando os e preparando os através de um longo e rígido caminho de diciplina