Templários

A Ordem do Templo de uma perspectiva histórica.

domingo, novembro 12, 2006

O Poderio Financeiro do Templo-Parte 1

No século XII a economia ocidental baseava se ainda nas rendas fundiárias, portanto nobres europeus que queriam auxiliar o Templo com as suas esmolas doavam á Ordem propriedades e edifícios.Todo o produto destas fazendas e também quaisquer rendas dos locatários dos bens templários eram convertidos em dinheiro e enviado para a Terra Santa, onde seria utilizado para sustentar as necessidades da guerra contra os sarracenos.

Segundo Alain Demuger que estudou os cartórios de muitas comendas templárias da região francesa, estas mesmas comendas registam uma expansão notável durante todo o século XII com numerosas vocações e doações, sinal de como a moral desta milícia já era reconhecida.Cada comenda não era só uma empresa agrícola mas também um centro de recrutamento e treino, onde os novos recrutas que seriam enviados para a primeira da Terra Santa se formavam.

As imensas transferências induzem a Ordem a desenvolver com grande rapidez a técnica bancária e financeira, valendo-se da experiência dos mercadores com quem entrou em contacto e dos seus navios que frequentavam os principais portos do Mediterrâneo.

Em 1179 a Igreja sancionara com uma enérgica condenação a actividade do empréstimo, que frequentemente era identificado com a usura; no entanto a economia da época estava a mudar, tomando uma orientação diversa, que passava a previligiar o trafico e a circulação de capitais.Os templários não diversamente de outras ordens religiosas e até de bispos, emprestavam dinheiro por um juro moderado que muitas vezes vinha dissimulado sob a forma de um penhor.O valor material do objecto serviria para compensar a Ordem da soma perdida no caso de não haver reembolso; os inventários das comendas templárias madados redigir por Filipe, O Belo depois da prisão de 1307 testemunham a presença de vasilhame precioso,roupas femininas de seda e outros objectos de valor deixados como deposito.